Eu queria fazer um discurso moral e culpar a sociedade por isso. Mas não vou, vou reclamar sem culpar coisa alguma.
Vim aqui pra falar das relações. De qualquer relação. De como elas se constroem inocentes e silenciosas. Então vem a obrigação vinda não sei bem de onde de nomeá-las.
E daí temos os conhecidos, os amigos, os amores. Entre estes temos linhas. Linhas aparentemente tênues, mas que na verdade são longos caminhos que podemos ou não percorrer.
Soou confuso? Bem-vindo à minha mente. Voltemos ao raciocínio.
As linhas. Os caminhos. É esperado que você não pare no meio do caminho. Conhecido, amigo, amor. Como estações. Não que todo conhecido seja um amor, mas se ele deixa de ser seu conhecido, torna-se no mínimo, seu amigo.
Se ele deixa de ser seu amigo, torna-se no mínimo... seu amor?
No mínimo um amor é coisa grande demais.
Ok, hoje em dia não é mais assim. Só que hoje em dia não é um tempo feito pra mim.
Lhe soa antiquado? Pois fique sabendo que sou assim.
Sei que é repetitivo, mas vou dizer mais uma vez. É importante que você observe. Conhecido, amigo, amor.
Notou? Eu aposto que sim.
As vírgulas. É delas que eu quero falar. As vírgulas não fazem parte do caminho. Separam as coisas mas não são a separação. Gosto das vírgulas.
Eu queria explicar as vírgulas, mas não sei como, e nem preciso. Você entende o papel da vírgula.
Ela não precisa de um nome, de um conceito ou por quê.
Ela existe livre e inquestionável, sem que ninguém se importe com a palavra anterior ou com a palavra seguinte.
E que seja assim.
Conhecido, amigo, vírgula; sem nenhum tipo de pressão.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos