Eu preciso das palavras. Preciso porque o silêncio nunca foi tão calado e há tempos não é tão pesado. Sofre calado porque os olhos estranhos e tão alheios ao eu que vos fala não parecem ter o desejo de compreender.
Sinto falta daquilo que me é familiar. Os odores, timbres, texturas e cores que eu decorei. Sinto falta do conforto de ter ao meu lado aquilo que me pertence.
O medo de deixar que a vida escorra pelos dedos é tão grande que eu não tento agarrar mais nada, enquanto assisto as águas calmas e lentas levando pouco a pouco o império que esse simples e imenso ego tem a certeza irrefutável que construiu.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos
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