Era como se o vento que os cercava tivesse o poder de afastá-los ainda mais. Como se o ar gélido ao seu redor corrompesse aquele corpo já destituído de alma, fazendo-a tanto vítima, quanto prostituta. Era como se seus espíritos se perdessem de si e só restasse a eles a lógica opressora da solidão. Deixaram-se levar pelo tempo, que apertou suas mãos com força suficiente para triturar os ossos.
Era como se fosse fábula, como se fosse prosa, literatura barata travestida. Agressão. Verdade prostituída.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos
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