Esse texto não é um conto, nem crônica, nem poesia, nem nada assim. Talvez seja carta, endereçada você sabe à quem. Esse é meu pedido, minha pergunta, minha indagação. É a expressão inapropriada de sentimento em fluxo, sem censura nem edição.
À você sabe quem:
Eu não sei bem por onde começar: pelo pedido, pelo agradecimento, pelas perguntas. Nem sei se farei tudo isso. Como solução, seguirei a ordem alfabética.
Muito obrigada. Por ter sido tudo o que foi. Por ser tudo o que é. Você me mostrou uma sensação que eu jamais tinha conhecido com plenitude. E por isso eu te digo: és louco. Isso nada muda o que eu sinto por ti. Obrigada por todos os dias que você transformou, e por todos os lugares aos quais você me levou. Muito obrigada.
Às vezes eu me pergunto... Se tudo isso foi sincero. Se você se arrepende de ter feito o que fez, e eu não me refiro ao fim; me refiro ao primeiro passo. Me refiro ao fato de você, só Deus sabe o porquê, ter optado por mim. Me pergunto se você talvez conheça o amor, como diz que o faz.
Por favor, não encare minhas perguntas como ríspidas ou rancorosas. São simples questões, que me torturam não através da dor, mas através da própria curiosidade.
Enfim, eu cheguei aonde quero chegar. Meu tardio, sufocado e acima de tudo, sincero pedido de desculpas.
Perdão. Perdão porque eu deixei que acontecesse, e aproveitei cada segundo. Perdão, porque eu me aborreci sem saber o motivo. Perdão por eu ter me deixado levar, ter deixado que você me levasse. Perdão por ter deixado morrer, e tentado ressuscitar. Pela minha hipocrisia, pelo meu exagero, por todas as vezes em que fiquei em silêncio quando deveria falar. Perdão por expor meus sentimentos na hora errada, perdão por ainda te amar. Perdão por ter te feito esperar, perdão por eu mesmo te amando, te distratar. Perdão por ter me deixado te deixar. Perdão por duvidar do que você sente, seja o sentimento que for. Perdão porque eu não sei o que sinto e sentir mais do que devo.
Pela minha falta de autocontrole, por te jogar a culpa. Porque eu te culpo. Toda vez que eu te sinto perto demais. Toda vez que eu te vejo triste, toda vez que eu te vejo rir. Toda vez que teus olhos brilham, toda vez que teu cabelo balança. Eu jogo a culpa em você. Perdão por eu não conseguir me afastar. Perdão por eu não deixar que você se afaste. Saiba que me dói, e mais do que isso, me envergonha agir assim.
Mas por favor, não se afaste. É meu maior pedido. Egoísta, eu sei. Mas vem do fundo da minha alma. É tudo que eu te peço, quase que desesperada.
Muito obrigada.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário