Numa manhã cheia de nuvens, ainda na cama, ela agarra o fantasma que é mais dele do que do tempo. Antes ela quisesse o que passou. Antes ela quisesse reaver o tempo perdido. Antes ela quisesse parar num momento passado.
Ela quer o agora. Quer explicar porque é tão certa essa bagunça por cima de tudo. O porque de ter parado de segurar flores secas por entre as mãos e saído em busca de socorro pra quem não lhe pede ajuda já há tanto tempo. Mas sabe que esse plano é um tanto frouxo. E que explicações não resolveriam nada. Nem mãos. Nem cheiros.
Certas coisas só cabem ao tempo, desde que esse esteja aliado à paciência e a tudo aquilo que cabe da sinceridade nesse palácio de cristal. Tão forte, tão límpido e tão frágil.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário