É o melhor momento da minha vida.
São cinco, talvez seis da manhã de um domingo simples. Tudo é silêncio e um anjo repousa em meus braços. Posso sentir seu coração batendo, o que lhe faz parecer humano. Seus olhos se movem, rápidos, denunciando um sonho que desconheço.
Uma de minhas mãos lhe acaricia os cabelos escuros, enquanto a outra vaga por seu rosto e por seu corpo tentando assegurar-se da realidade de um sonho do qual não se quer despertar. Meus lábios percorrem sua face, distribuindo-lhe beijos leves que ele, mergulhado em sonhos, não notou.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos