Entenda, por favor, que esse texto não tem a mínima pretensão de receber atenção ou elogios. Ele somente serve aos meus anseios, às necessidades que criei antes mesmo de saber como desenhar no papel minhas impressões de mundo.
E as palavras? E as histórias? Os segredos? Os amores? E as dúvidas?
Cinco perguntas que eu escrevi sem ter uma resposta. Sem ter ao meu lado a inspiração para juntar as letras num texto minimamente decente. Havia apenas aquela sensação estranha na ponta dos dedos de quem precisa falar. Com os dedos, é óbvio. O som das palavras é muito mais belo quando estas estão desenhadas num lugar qualquer.
Mas é tarde para reparos. As perguntas gritam no papel e eu preciso, mesmo que de forma nada satisfatória, respondê-las.
As palavras, meu caro, continuam ao meu lado. Silenciosas; há momentos nos quais esse silêncio me dói.
As histórias nunca foram tão interessantes. As histórias talvez sejam apenas minhas, mas eu adoraria poder contá-las a você. Talvez o faça quando as palavras recuperarem a voz.
Os segredos... Continuarão guardados, e eu pouco tenho a lhe confessar.
Os amores perderam seu fim. Os amores agora são apenas um. Bem como a dúvida.Vamos tratá-los de forma correta.
O amor talvez seja o culpado pelo silêncio pasmo das minhas palavras. O amor pois um sorriso no meu rosto que insiste em não sumir. O amor tomou meu eu e veio até mim de forma... eu não diria inesperada, mas sim, surpreendente.
A dúvida procura desesperadamente uma expressão. Uma voz. As palavras continuam caladas e assim o eco dos gritos internos não se fazem ouvir. Não se pronunciam. Vez ou outra, a dúvida alcança meus olhos, e por alguns minutos, eu consigo procurar uma resposta. O tempo não é suficiente, e antes que eu perceba, elas são emudecidas.
A dúvida, portanto, procura por onde caminhar sem censura, num quase desespero, invisível aos olhos meus.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos
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