Depois de um dia que podemos chamar de perfeito no que diz respeito à você, razão do meu viver, eu ainda insisto em me perguntar...
Se és inocente. Se você vê o castelo que construí só pra ti, ou se você, como tantos outros insanos, vive preso no mundo real. Se você percebe o brilho que faz surgir em meus olhos quando estes encontram os seus. O brilho que faz surgir em meu rosto quando meu sorriso bobo imita teu incomparável sorriso imperfeito.
Me pergunto se você não ouve meu coração bater mais forte; se não percebes minhas mãos frias que tremem ao tocar teu pescoço.
Enlouqueço imaginando se você também imagina. Se você também se pergunta se eu sei.
E meu peito é invadido por um sentimento sem nome, uma insegurança confortável, na qual eu mergulho em busca de uma única possível verdade.
A verdade de que você não vê, a verdade de que você quer, tanto quanto eu. De que você tem medo.
Se fosse o caso, poderia lhe desejar coragem. Mas caso você veja, caso você já saiba de tudo isso, devo lhe dizer, não saberia o que fazer. Ficaria com medo, e meu coração seria tomado por uma dor que me machuca só em ser citada.
Seja qual for o caso, ainda estou confortavelmente presa em meu sentimento-sem-nome, e enquanto estiveres aqui pra me fazer chorar, duvidar, dormir e acordar, eu serei feliz.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos