Com medo de que não seja dito, de que se perca no tempo, as palavras caem pesadas num pedaço de papel, muito mais por obrigação do que por prazer.
Quietas, apenas cumprem tabela. Desinformadas, já perderam coisa demais. Merecidas férias meu caro, merecidas férias. Férias sem efeito algum.
Palavras agora covardes, palavras temendo palavras. Olhos fechados pra não ler. Mais nada.
Vítimas de uma mente cansada, pobres palavras libertas e escravas.
Estranhas, perdidas, sem dono por simples abandono, gritam em silêncio perplexo algumas poucas e entristecidas palavras mal usadas.
Sem pé nem cabeça
Há 10 anos