27 de mai. de 2009

Confissão

Com papel e caneta nas mãos, me torno sentimentalóide. Me torno recorrente. Me torno escritora de segunda mão, falando de amor de forma vazia.
Me torno doce demais, fico enjoativa. Viro rebelde sem causa, viro sábia, viro falsa.
Com papel e caneta nas mãos, liberto sentimentos que talvez inconscientemente tenha fabricado.
Com papel e caneta nas mãos me torno presunçosa, me torno atriz. Finjo ser mais inteligente do que sou. Me torno uma vigarista.
Com papel e caneta nas mãos me torno completa. Sinto o mundo aos meus pés. Com papel e caneta nas mãos, assumo sem vergonha nenhuma, tudo aquilo que sou por acidente.